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domingo, 19 de fevereiro de 2012

Revista 08-LIÇÃO 06- BULLYING

AUXÍLIO 01- Bullying: o desafio de pensar biblicamente sobre um “fenômeno atual”



Se você está em contato com crianças em idade escolar e com adolescentes, certamente já ouviu falar em bullying. A palavra bullying vem da língua inglesa e significa ameaçar, amedrontar ou intimidar. O termo tornou-se bastante divulgado e usado ao redor do mundo como identificação de um conjunto de atitudes e práticas agressivas e intencionais, adotadas repetidamente por uma criança ou um adolescente — ou um grupo — contra outro que não tem condições de defesa. A prática vem muitas vezes em forma mascarada de “brincadeira”, provendo diversão às custas da vítima, com um prazer perverso.

Não existe uma palavra única na língua portuguesa para expressar o bullying. A imagem ao lado traz várias atitudes e práticas que estão presentes no bullying e podem torná-lo compreensível para nós.

O tamanho estimado do problema, segundo uma pesquisa realizada pelo Centro de Empreendedorismo Social e Administração em Terceiro Setor (Ceats) e relatada na Folha de S. Paulo em 21 de março de 2010, é impressionante: 70% dos alunos afirmam que viram, pelo menos uma vez, um colega sofrer algum tipo de agressão dentro da escola; 9% viram alunos serem atacados várias vezes numa única semana; 10% garantem que testemunham diariamente esse tipo de cena. O mesmo se pode dizer do tamanho estimado da consequência: 43% dos alunos se sentem angustiados no ambiente escolar; 36% sentem medo com certa frequência; 10% estão sempre com medo.

Uma forma crecente de bullying é o cyberbullying – o bullying por meio de comunidades virtuais, blogs, redes sociais e também mensagens em celulares. Um em cada seis estudantes brasileiros do ensino fundamental já foi alvo de bullying no mundo virtual.Aqueles que são alvo das agressões são geralmente escolhidos por fugirem dos padrões comuns à turma – o gordinho ou o magricela, o calado, o estudioso, o recém-chegado, entre outros. Os meninos estão mais envolvidos com o bullying violento, tanto como autores quanto como alvos. Já entre as meninas, o bullying também ocorre, mas costuma se caracterizar como prática de exclusão ou difamação.

A prevenção é uma necessidade, tanto por meio de informação e de medidas práticas como por meio da formação bíblica dos mais jovens. Pais e educadores precisam acompanhar de perto as crianças e os adolescentes, e estar atentos aos sinais de mudança de comportamento.  O diálogo com os mais jovens favorece a identificação de possíveis manifestações de bullying, abre oportunidade para que tanto a vítima como as testemunhas ganhem coragem de relatar o que está acontecendo, e cria um ponto de contato para transmitir a verdade bíblica.

O termo bullying não está na Biblia. Mas isso não quer dizer que a Bíblia não se dirige significativamente a esta expressão da nossa cultura.  Considere os dados da pesquisa feita pela Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e Adolescência (Abrapia) sobre os tipos de bullying mais frequentes:

Apelidar: 54,2%  – Agredir: 16,1% – Difamar: 11,8% – Ameaçar: 8,5% – Pegar pertences: 4,7%.

A Bíblia dirige-se a cada um destes aspectos. E a Bíblia vai além: ela tem palavras de consolo e fortalecimento para o sofredor, caminhos de verdadeira transformação em Cristo para o agressor, palavras de incentivo para o pacificador.  Você e eu temos a oportunidade de penetrar na vida destas pessoas por meio de um relacionamento de amor. Podemos identificar os problemas usando a nomenclatura que Deus usa e aplicar as verdades das Escrituras.

Encontramos na Bíblia inúmeras ilustrações e ensinos sobre ira, conflito e discriminação, e também a solução para tais problemas. Quando a Bíblia menciona algo com tanta frequência, podemos esperar que seja uma luta universal. O bullying não é novidade! Os pecados relacionados com conflito interpessoal ocupam boa parte das listas compiladas pelo Apóstolo Paulo em passagens como Romanos 1.29-31, 2 Coríntios 12.20, Gálatas 5.19-21, Efésios 4.31, Colossenses 3.8 e 2 Timóteo 3.2-4. E a solução: “Todavia, não foi isso que vocês aprenderam de Cristo. De fato, vocês ouviram falar dele, e nele foram ensinados de acordo com a verdade que está em Jesus. Quanto à antiga maneira de viver, vocês foram ensinados a despir-se do velho homem, que se corrompe por desejos enganosos, a serem renovados no modo de pensar e a revestir-se do novo homem, criado para ser semelhante a Deus em justiça e em santidade provenientes da verdade” (Ef 4.20-24).

Qual tem sido a sua reação diante do que temos presenciado em nossos dias com as crianças e os adolescentes na escola, na vizinhança e até mesmo na igreja? Não podemos ficar calados e nada fazer. Como desenvolver uma estratégia para prevenir o bullying entre crianças e adolescentes? Como aconselhar? Somos chamados a ser bons observadores da nossa cultura e a pensar biblicamente sobre os componentes do “fenômeno bullying“, buscar e sistematizar o ensino bíblico, traçar uma estratégia de atuacão e ministrar com sensibilidade e amor aos três grupos:

– os praticantes do bullying — crianças ou adolescentes com comportamento violento, a caminho de se firmarem como adultos agressivos;

– as vítimas de bulllying — crianças ou adolescentes que sofrem e podem ter problemas significativos no relacionamento com Deus, consigo mesmas e com outros, e

– as testemunhas do bullying — todos aqueles que, como nós, são parte de uma cultura em que este comportamento tem se tornado cada vez mais comum e gerado as mais diversas reações, da frustração à indiferença, da revolta ao medo.

Temos trabalho a fazer: debruçarmo-nos cuidadosamente sobre a Palavra, não na busca frustrada de um versículo que mencione o bullying, mas com a disposição de aprender a pensar sobre os “fenômenos de nossos dias” com base em princípios bíblicos e construir uma teologia prática que atenda às necessidades atuais. Cristo e Sua Palavra são suficientes para transformar integralmente as vidas marcadas pelo bullying!

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