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quarta-feira, 26 de setembro de 2012

REVISTA N° 9- LIÇÃO 08- A CONSTITUIÇÃO DA IGREJA

Quem faz parte da igreja local? Pode ser qualquer pessoa? Será que só frequentar os cultos significa fazer parte da igreja local? 



O texto de Atos 2.36-47 nos ajudará a responder essas perguntas. É a conclusão do sermão de Pedro, no dia de pentecostes, na vinda do Espírito Santo. Leia o texto com atenção, e numa segunda leitura, tente sublinhar quais as características das pessoas que fizeram parte da igreja local daqueles dias.

A igreja local é composta por pessoas que se arrependeram de seus pecados e aceitaram o evangelho do Senhor Jesus. O versículo 38 deixa isso claro ao mostrar a recomendação de Pedro aos irmãos que ouviram a mensagem do Evangelho, anteriormente exposto, por ele: “arrependam-se, e cada um de vocês seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos seus pecados”. Outros textos confirmam a necessidade de arrependimento e fé para fazer parte da Igreja e da igreja local, como o de Marcos 1.15: “O tempo é chegado”, dizia ele. “O Reino de Deus está próximo. Arrependam-se e creiam nas boas novas!”. Paulo enfatiza a importancia de crer: “Se trabalhamos e lutamos é porque temos colocado a nossa esperança no Deus vivo, o Salvador de todos os homens, especialmente dos que crêem” (1 Timóteo 4:10).

A igreja local é composta por pessoas que receberam o dom do Espirito Santo e o perdão de Jesus. O versículo 38 apresenta que a finalidade do arrependimento e fé é nos levar ao perdão dos pecados e a doação do dom do Espirito Santo. Tanto o perdão divino do pecado original, quanto o dom do Espirito são lados da mesma moeda. São experiências iniciais da salvação em Cristo que acontecem simultaneamente. Até poderíamos dizer que a igreja local é composta de pessoas salvas ou regeneradas. 

O livro de Romanos nos fornece uma base sólida para ampliarmos esse conceito de salvação. “Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo” (Romanos 5:1). E, “portanto, agora já não há condenação para os que estão em Cristo Jesus” (Romanos 8:1).

O termo que Paulo usa para descrever os aspectos iniciais da salvação é justificação. Era um termo comum na época, vinculado as instituições forenses. Era declarado justo aquele que não tinha culpa. Imagine quando uma pessoa é declarada inocente num julgamento,  que alegria! Nós, porem, fomos declarados justos no julgamento eterno de Deus, mesmo sendo passíveis de condenação. Pois, mediante a salvação que Jesus efetuou na cruz, nós fomos declarados livres por Deus. Essa justificação só é possível por causa do sacrifício de Cristo em nosso lugar. Uma vez justificados, não ha condenação para nós. Fomos libertos do pecado e da morte. Como Deus é bom! Nesta altura de seu estudo talvez você queira agradecer a Deus por ter liberto você do pecado e da morte e ter dado tão grande salvação gratuitamente. 

A igreja local é composta por pessoas que se submetem ao batismo nas águas. Pedro exorta seus ouvintes a se arrependerem e demonstrarem sua fé em Jesus através do batismo (At 2:38). É provável que nos primeiros dias do cristianismo, eles batizassem pessoas usando a fórmula “em nome de Jesus”. Porque devido a proximidade que existia entre o judaísmo e o cristianismo incipiente, a única coisa que deveria ser acrescida na vida dos judeus que criam em Jesus era o batismo. Porem, poucos anos mais tarde, a Igreja reconheceu a fórmula batismal em nome da Trindade divina, que é a que vemos em Mateus 28.19. Cremos que o batismo não salva - salvação é dadiva divina ao que crê nEle, mas Ele é parte natural das nossas decisões ao lado de Cristo, para expressar simbolicamente o que cremos de fato.

A igreja local é composta por pessoas que perseveram na doutrina dos apóstolos. É isso que afirma o versículo 42 do capitulo 2 de Atos: “Eles se dedicavam ao ensino dos apóstolos e à comunhão, ao partir do pão e às orações”. Esta é uma afirmação surpreendente. Talvez até estranha para alguns. John Stott leva ela em grande conta dizendo que “a igreja viva é uma igreja que está aprendendo, uma comunidade que estuda” (STOTT, 2005, p.8). Stott compara que no Pentecostes o Espirito abriu uma escola para Seu povo. Os mestres eram os apóstolos, a quem Jesus tinha treinado pessoalmente. Os estudantes eram cerca de 3000 salvos. Na verdade, espiritualmente falando, era o jardim de infância. Estavam no começo da jornada de aprendizado da fé cristã. “Esses recém-nascidos na fé, convertidos e cheios do Espirito Santo, não estavam dedicados a desfrutar de uma experiência mística que os fizera esquecer o que criam ou de arrazoar sobre isso” [...] “perseveravam na doutrina dos apóstolos e queriam aprender tudo o que fosse possível. Tinham fome da verdade e queriam sentar-se aos pés dos apóstolos e absorver seus ensinamentos” (STOTT, 2005, p.8).

Estamos longe de dizer que o cristianismo se limita ao intelectualismo. Ao contrário, uma igreja local cheia do Espirito é incompatível com intelectualismo, mas também não se satisfaz apenas com as experiências estáticas que acontecem vez ou outra na caminhada com Cristo. Nisto, devemos buscar crescer sempre: uma vez salvo, haverá em você uma vontade diferenciada em aprender a doutrina bíblica, que é a revelação de Deus.

Joshua Harris diz algo interessante sobre a idéia de que você deve se aprofundar nos estudos das Escrituras: “Sei que a idéia de estudar sobre Deus afeta as pessoas de modo errado. Parece fria e retórica, como se Deus fosse um cadáver de um sapo a ser dissecado em um laboratório ou um conjunto de idéias que memorizamos como provas de matemática. No entanto, o estudo de Deus não deve ter esta conotação. Você pode estudá-lo como estuda um pôr-do-sol que o deixa sem palavras. Pode estudá-lo como um homem estuda a pessoa que ele ama apaixonadamente”.

A igreja local é composta por pessoas que se reúnem para adorar a Deus e celebrar o Evangelho. Nosso texto, nos versículos 42, 46 e 47 deixa claro que a adoração e o louvor era parte integrante do cotidiano da igreja local. Assim deve ser com você e com todos nós que formamos a igreja local de Cristo. O livro de Salmos possui uma serie de convites para o povo de Deus celebrar o Senhor. Pois Ele é digno de toda honra, glória e louvor!

Os profetas de Deus também nos convidam a celebrar o Senhor da glória. “O  Senhor dos Exércitos é que vocês devem considerar santo, a ele é que vocês devem temer, dele é que vocês devem ter pavor” (Is 8.13). “O  Senhor , porém, está em seu santo templo; diante dele fique em silêncio toda a terra” (Hc 2.20). Stott ressalta que a adoração a Deus pode ser formal ou informal. Podemos adorar tanto nas casas quanto no templo. Cada tipo de adoração tem seu lugar próprio e espaço no Corpo de Cristo. A igreja local é composta por pessoas que assumem publicamente compromissos com outros cristãos, formando relacionamentos e vínculos mútuos. “Os que criam mantinham-se unidos e tinham tudo em comum.  Vendendo suas propriedades e bens, distribuíam a cada um conforme a sua necessidade” (At 2:44,45). Os vínculos fraternais que a igreja local de Jerusalem tinha é descrito no grego bíblico pela palavra koinonia (“aquilo que temos em comum”) e compartilhamos juntos como discípulos de Jesus. Primeiro, compartilhamos a graça de Deus. Segundo, compartilhamos o que temos, normalmente, tais ofertas são generosas. Terceiro, compartilhamos o amor através do serviço abnegado ao próximo.

A igreja local é composta por pessoas que realizam uma evangelização continua. Já estudamos que o propósito da igreja é anunciar as maravilhas de Deus. Isso é evangelizar. Alguns pensam que para evangelizar é preciso ter curso formal de teologia. Nada disso! Todos que foram salvos podem e devem evangelizar. Lucas, o escritor do livro de Atos, nos informa que: “o Senhor lhes acrescentava diariamente os que iam sendo salvos”. Aqui podemos aprender algumas lições sobre a evangelização, que deve ser uma característica de todo membro da igreja local: (a) Jesus é quem salva e incorpora os novos membros na Igreja; (b) Jesus delega aos ministros da igreja local a tarefa de admitir crentes pelo batismo; (c) O testemunho cotidiano e o amor incessante são os meios de Deus alcançar pessoas;

Poderíamos resumir os requisitos para compor uma igreja local da seguinte forma: “um coração regenerado, uma confissão de fé verossímil, o batismo voluntário em obediência a Cristo e uma vida cristã exemplar” (HAYES, 2002, p.126).

Querido amigo: Como você tem vivenciado e obedecido a este “pertencer” a uma igreja local de Jesus Cristo? Quais dos requisitos acima ainda faltam em sua jornada de fé? O que você deve fazer para efetivar estes valores em sua vida? Existem obstáculos para que isso aconteça? Quais? Hoje é o dia de depor esses obstáculos aos pés de Cristo e vir a pertencer a esta igreja local.

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