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terça-feira, 26 de abril de 2011

Revista 07- LIÇÃO 11- A ADOÇÃO


AUXILIO 01- A ADOÇÃO NA CONFISSÃO DE WESTIMINSTER


Gordon Haddon Clark

Seção I. Todos os que são justificados é Deus servido, em seu único Filho Jesus Cristo e por ele, fazer participantes da graça da adoção. [1] Por essa graça eles são recebidos no número dos filhos de Deus [2] e gozam a liberdade e privilégios deles; têm sobre si o nome deles, [3] recebem o Espírito de adoção, [4] têm acesso com confiança ao trono da graça [5] e são habilitados, a clamar “Abba, Pai”; [6] são tratados com comiseração, [7] protegidos, [8] providos [9] e por ele corrigidos, como por um pai; [10] nunca, porém, abandonados, [11] mas selados para o dia de redenção, [12] e herdam as promessas, [13] como herdeiros da eterna salvação. [14]

1. Ef. i. 5; Gal. iv. 4,5.
2. Rom. viii. 17; João i. 12.
3. Jer. xiv. 9; 2 Cor. vi. 18; Apoc. iii. 12
4. Rom. viii. 15.
5. Ef. iii. 12; Rom. v. 2.
6. Gal. iv. 6.
7. Sal. ciii. 13.
8. Prov. xiv. 26.
9. Mat. vi. 30,32; 1 Ped. v. 7.
10. Heb. xii. 6.
11. Lam. iii. 31.
12. Ef. iv. 30.
13. Heb. vi. 12.
14. 1 Ped. i. 3,4; Heb. i. 14.

O capítulo XII da Confissão de Westminster, sobre adoção, é muito breve, consistindo de apenas uma seção; todavia, ela indubitavelmente merece pelo menos uma breve discussão. A seção declara que todos aqueles que são justificados são também feitos filhos de Deus pela adoção e, através disso, desfrutam de certas liberdades e privilégios.

A justificação, sendo um ato judicial, é inteiramente externa a nós; ela dá uma nova posição diante de Deus, mas não efetua nenhuma mudança subjetiva dentro de nós. Há, contudo, certos concomitantes inevitáveis. A justificação é sempre, e sem exceção, acompanhada pela regeneração, adoção e santificação. Agora, regeneração e santificação, diferentemente da justificação, produzem mudanças subjetivas em nós. Elas não têm nada a ver com nossa posição objetiva diante de Deus. A adoção, por outro lado, tem referência tanto à relação externa da posição como às mudanças subjetivas de caráter. Ela é um conceito completo que inclui fatores que ocorrem separadamente tanto na justificação como na regeneração. A adoção expressa a verdade de que “agora somos filhos de Deus”. O capítulo na Confissão lista os fatores em filiação. 

Durante os últimos cem anos, à medida que o modernismo se desenvolvia, a doutrina da adoção tem sido menosprezada por aqueles ministros infiéis que têm rejeitado a infalibilidade da Bíblia. Em seu lugar eles têm pregado uma Paternidade natural e universal de Deus e uma irmandade natural e universal do homem. Agora, as Escrituras têm consideravelmente o que dizer sobre a Paternidade de Deus, mas elas têm pouco ou nada para dizer sobre uma Paternidade natural e universal.

Um versículo que pode ser assim entendido é o uso de Paulo de uma citação de um poeta estóico: “pois somos também sua geração”. Possivelmente o poeta tinha alguma noção de uma Paternidade universal, mas Paulo usou a citação somente para enfatizar que Deus é um Espírito e que os homens foram criados à imagem de Deus. Outro versículo é Efésios 3:15: “De quem toma o nome toda família, tanto no céu como sobre a terra”. Mas essa família é mais razoavelmente entendida como a família dos redimidos do que como a raça humana como um todo.

Em contraste com esses poucos e duvidosos versículos, a Escritura fala muitas vezes e claramente da Paternidade de Deus com relação a uma porção da humanidade. Dos fariseus, Jesus disse: “Vós tendes por pai ao diabo”; mas ele ensinou seus discípulos a orarem: “Pai nosso”. A figura de linguagem mais popular pela qual a entrada na vida cristã é descrita é aquela de um novo nascimento. Nem todos os homens, mas somente alguns, são nascidos de novo, não por sua própria vontade, mas de Deus; e assim Deus lhes dá autoridade para se tornaram filhos de Deus. De uma forma absolutamente evidente eles não nasceram como filhos naturais, de outra forma não lhes seria necessário nascer de novo. Se os homens devem nascer de novo, aqueles que não nascem de novo não são filhos de Deus.
A figura de um novo nascimento é apropriada para a nova vida que começa. Assim também é a figura da ressurreição. Os homens que estavam mortos em pecado são ressuscitados em Cristo para uma vida que eles não tinham previamente. Mas as Escrituras também descrevem essa mudança como adoção. Filhos de outro pai são adotados por Deus e se tornam uma parte da família cristã. Aqui também as conclusões prévias aparecem: se um homem se torna um filho de Deus por adoção, ele não pode ter sido um filho de Deus por natureza. E pela mesma razão é claro que a Bíblia não ensina a Paternidade universal de Deus nem a irmandade universal do homem. Ela fala sobre ovelhas e bodes, e sobre uma divisão final e irremediável entre eles.

A adoção traz certos privilégios que são negados àqueles que não foram adotados. Primeiro, eles recebem o nome de Deus, e como membros da família podem agora chamar Deus de “Abba, Pai”. Eles são tratados com comiseração, protegidos e providos. Eles são algumas vezes corrigidos por Deus como por um pai, “nunca, porém, abandonados, mas selados para o dia de redenção, e herdam as promessas, como herdeiros da eterna salvação”. 

É confortante saber que o ato de adoção não pode ser anulado; o novo nascimento nunca pode ser desfeito; a ressurreição para novidade de vida nunca pode ser revertida. Mais adiante na Confissão isso é mais plenamente declarado nos capítulos sobre a certeza da salvação e a perseverança dos santos. 

Rejeitando a posição escriturística, os liberais algumas vezes se colocam em posições desconfortáveis. A noção deles da Paternidade universal de Deus depende da unidade da raça humana. Agora, os cristãos ortodoxos crêem na unidade da raça humana sobre a base de que todos os seres humanos são descendentes de Adão e Eva. Mas se os modernistas desejam dizer que os capítulos introdutórios de Gênesis são falsos, e se a neo-ortodoxia existencializa o relato e torna-o uma fábula dos assuntos diários de hoje, então como eles podem estar certos de que todos os homens são irmãos? Se eles substituem a criação de Adão e Eva por uma mutação evolucionária a partir de animais inferiores, como eles podem saber que houve somente uma mutação? Por que tal evento evolucionário não pode ter ocorrido diversas vezes? Há tanta evidência de que ele ocorreu dezenas de vezes quanto de que ele ocorreu apenas uma vez. Por conseguinte, a unidade da humanidade é deixada sem suporte e assim também a Paternidade de Deus. 

Certamente, há uma perplexidade mais profunda. A noção modernista de uma Paternidade universal de Deus e de uma irmandade universal do homem é um conceito estritamente físico ou biológico. Não há nada espiritual nele. Se houvesse, seria necessário concluir que Stalin ou Hitler estavam espiritualmente relacionados com Deus da mesma forma como Agostinho, Lutero e Calvino estavam. Agora, os cristãos admitem que todos os homens nascem como pecadores. Naturalmente falando, Stalin e Calvino eram irmãos. Mas Deus adotou e regenerou Calvino; ele lhe deu uma nova natureza; ele o ressuscitou da morte espiritual. O resultado é que — como Santo Agostinho mostrou de maneira extensiva em seu livro A Cidade de Deus — a graça de Deus quebrou a unidade natural da raça humana e edificou em oposição ao mundo uma Cidade de Deus. Se os modernistas ainda desejam reivindicar unidade espiritual com Hitler e Stalin, nós não queremos. Nós fomos adotados para uma família diferente. 

[...]
Fonte:

What Do Presbyterians Believe?, Gordon H. Clark, páginas 131-133.

Traduzido por: Felipe Sabino de Araújo Neto, MONERGISMO
Cuiabá-MT, 14 de Outubro de 2005.

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